Aluno do MIT Portugal da UMinho vence prémio Startup Nano

Carlos Gonçalves, aluno do programa MIT Portugal da Universidade do Minho, venceu o prémio do programa “Startup Nano” com um projecto que vai ajudar doentes com cancro de mama no tratamento do Linfedema dos membros superiores, que se caracteriza pelo aumento do diâmetro do braço, o que provoca dores incapacitantes.
Carlos Gonçalves produziu uma nova manga de compressão que serve para fazer a drenagem linfática de forma autónoma. O investigador disse à RUM que “hoje em dia, o tratamento é feito através de massagens linfáticas feitas por Fisioterapeutas e com mangas insufláveis de compressão passiva para a diminuição do diâmetro do braço”.
Esta nova manga é totalmente portátil porque “é alimentada por uma bateria semelhante à de um telemóvel e permite fazer o tratamento em casa do paciente”. É esperado que os resultados obtidos com este tratamento sejam mais rápidos e duradouros, ainda assim, explicou Carlos Gonçalves, “ainda não é possível confirmar essa teoria”. O objectivo é, nos próximos meses, iniciar o estudo em ambiente hospitalar e garantir o patenteamento desta manga (a equipa está a aguardar os resultados do pedido a finalizar os procedimentos necessários para a submissão do pedido para uma patente europeia).
O 2º prémio desta segunda edição do Startup Nano foi atribuído a um projeto de microfiltragem de fluídos contra poeiras e agentes patogénicos, coordenado por Hugo Macedo, e o terceiro prémio a um biorreator que permite um controlo mais apertado das condições de cultura de células, apresentado por Marta Maciel e Ricardo Pereira, ex-alunos da UMinho. A pré-seleção dos candidatos decorreu em Outubro, tendo nove projetos seguido para a fase de incubação.
Áudio:
O investigador Carlos Gonçalves explica como funciona esta nova manga de compressão
