Barreto “não tolera” intromissão de Ana Catarina Mendes

A Federação Distrital do Partido Socialista (PS) acusa Ana Catarina Mendes, número dois de António Costa, de “ingerência e intromissão” no processo de escolha de candidatos socialistas em duas concelhias do distrito. Em causa, acções da responsável socialista nos concelhos de Fafe e Barcelos.

Joaquim Barreto, líder distrital, em declarações à RUM, afirmou que “António Costa está a par da situação”, lembra as boas relações mantidas com o secretário-geral socialista, mas confirma que “houve intromissão da dirigente socialista” nos processos de escolha de candidatos nas duas concelhias, algo que a Federação “não pode aceitar”.

“Estas situações têm a ver com uma ou outra intromissão e ingerência de uma dirigente nacional na vida de algumas concelhias do distrito. Nada tem a ver com a distrital, mas enquanto Federação, temos de respeitar e defender a autonomia das concelhias”, afirmou o dirigente socialista que explicou que “quer em Fafe quer em Barcelos, a estrutura nacional decidiu avocar o processo, apesar das candidaturas terem sido aprovadas pelas concelhias, e em Vizela não há qualquer interferência da direcção nacional na escolha do candidato”.

Este é um processo que pode colocar em causa a vitória do Partido Socialista a nível distrital, algo que não é tolerado pela estrutura nacional. “Temos 14 concelhos e só em dois é que a nacional interveio. Nos outros casos as concelhias escolheram os seus candidatos, em alguns casos por unanimidade e noutros por larga maioria, portanto qualquer resultado que aconteça, devemos fazer avaliação concelho a concelho”, sublinhou Joaquim Barreto que se demarca assim das escolhas nacionais, mas assume que a distrital “está esperançada em bons resultados e em boas vitórias nas concelhias que escolheram os seus candidatos”.

Sobre a notícia do Jornal de Notícias que dava conta do assumir de António Magalhães do processo distrital autárquico, Joaquim Barreto nega essa informação: “Isso é mentira. António Magalhães foi escolhido, e muito bem, para coordenar a convenção autárquica nacional e isso não interfere, em nada, nos poderes da distrital”.

Joaquim Barreto afirma ainda que mantém “conversas com alguma periodicidade” com António Costa, de onde extrai “acolhimento e simpatia do secretário-geral” em relação a esta “polémica”.

“Aqui não se trata de concordar ou não concordar com a estrutura nacional. Muitas vezes a forma como se gerem e exercem as decisões é que não é a correcta e nem sempre se operacionalizam as decisões, respeitando a autonomia das concelhias”, concretizou. 

Daniel Silva
Daniel Silva

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