Camilo Castelo Branco volta a inspirar crianças de Famalicão

11 anos de pois, as crianças famalicenses continuam a criar as suas próprias histórias a partir da obra de Camilo Castelo Branco.

Desta vez, a criatividade dos mais novos partiu do livro “A Bruxa do Monte Córdova” que celebra este ano os 150 anos da sua primeira publicação. Cerca de 80 alunos do 4º ano de várias escolas do concelho lançaram mãos à obra com a ajuda do escritor Pedro Chagas Freitas e criaram a versão “As Bruxas de Monte Córdova”.

O livro foi apresentado esta manhã e, além da história, conta com uma série de ilustrações que acompanham a narrativa criada pelos alunos famalicenses. Paulo Cunha, presidente do município de Famalicão, é o padrinho desta iniciativa e garante que o balanço é “sempre muito positivo”. “Quem passa por esta experiência nunca vai esquecer esta actividade. As crianças percebem que podem escrever e que as suas obras são publicadas, acrescentando os seus pontos de vista a materiais que já existem”, disse.

Esta é uma iniciativa promovida pela Casa Camilo Castelo Branco, em Famlicão. O escritor Pedro Chagas Freitas é o formador convidado desta actividade desde o primeiro dia e explica que é preciso “continuar a dar espaço à criatividade”, principalmente dentro da comunidade escolar. “Hoje as pessoas já perceberam que a critividade não é só uma palavra bonita. A escola tem de ser uma base de criatividade e, aos poucos, o sistema vai perceber que é necessário dar mais espaço a este trabalho”, afirma.

O livro foi criado ao longo deste ano lectivo. José Manuel Oliveira, director da Casa Camilo Castelo Branco, não tem dúvidas de que é preciso “continuar a alimentar essa seiva criativa”. “Este projecto tem 4 vertentes fundamentais: chamar estes alunos à literatura, o que não é fácil, espicaçar a imaginação através da obra de Camilo Castelo Branco, incentivar o gosto pela escrita e, finalmente, disciplinar essa prática porque para escrever bem é preciso, antes de mais, saber fazê-lo”, diz.

Para o próximo ano , a obra “O Retrato de Ricardina” servirá de inspiração para os próximos alunos que vão integrar este atelier. Mas 2018 traz mais novidades. Sem querer adiantar grandes pormenores, José Manuel Oliveira explicou à RUM que “não vai ser feita uma reformulação profunda” mas que as ilustrações vão “ganhar um maior destaque”. “O paradigma será sempre o mesmo: 4 ou 5 escolas qure vão trabalhar em torno da obra de Camilo Castelo Branco”, conclui.

Pedro Andrade
Pedro Andrade

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