CMG lança “ultimato” à Águas do Norte e Resinorte

Poluição nos cursos de água que atravessam o concelho de Guimarães e resíduos urbanos foram os principais problemas que resultaram no “chumbo” da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia (CVE). Esta quinta-feira, no final da reunião de Câmara de Guimarães, Domingos Bragança revelou que os indicadores apontados pelos peritos não foram favoráveis nas “variáveis” da qualidade das águas e resíduos.

O autarca disse mesmo que vai solicitar “ação” à Águas do Norte, entidade que tem a concessão, assim como a Resinorte, que é a responsável pelos resíduos. Domingos Bragança  disse mesmo que “caso não haja mudança de postura” o município de Guimarães poderá “rescindir a concessão”. “Quem me dera a mim reverter esta situação. Gostava mesmo que o saneamento em alta, que está hoje nas Águas do Norte, estivesse na responsabilidade da Vimágua. Mas não está. Criar uma ruptura com este contrato é complicado, mas se virarem costas a Guimarães e a este objetivo do desenvolvimento sustentável, então avançaremos para a rescisão da concessão”, avisou o autarca.

No entanto, o edil faz questão de frisar que teve uma conversa com o presidente da Águas do Norte e que recebeu a “garantia de envolvência com o designio do projecto da Capital Verde Europeia”. “Há uma abertura total. Já tive duas reunião e há vontade de cooperar. Pois esta é uma exigência dos vimaranenses no desejo de querermos ser uma referência nacional nas questões do ambiente”, refere Domingos de Bragança.

O autarca sublinhou que o município “não tem responsabilidades no casos de poluição que têm assolado o território”. “Se há um derrame de saneamento em alta na linha de água a responsabilidade é da Águas do Norte. Se há problemas com os resíduos, então a responsabilidade é da Resinorte. São eles que têm que ser multados e tem que haver actuação rápida”, aponta o presidente da Câmara, que quer a envolvência de todos para que Guimarães possa vir a ser bem sucedida numa candidatura a Capital Verde Europeia, que pode ser já submetida em 2019.

A revelação do autarca surgiu na sequência de uma intervenção do vereador do PSD, Bruno Fernandes, que repetiu o desafio já lançado para que os partidos sejam chamados a avaliar o processo de candidatura.