Distrito de Braga com menos área ardida do que em 2016

O período crítico do Sistema de Defesa da Floresta foi activado a 1 de Julho e, até agora, o distrito de Braga regista uma menor área ardida e um menor número de ocorrências do que em igual período do ano passado.

Os dados foram divulgados hoje pelos deputados do Partido Socialista (PS) na Assembleia da República eleitos por Braga que reuniram, esta manhã, com os responsáveis do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) bracarense. Sem avançarem com dados concretos, os deputados disseram ainda que, ao longo destas semanas apenas três pessoas ficaram feridas.

No final do encontro, Joaquim Barreto, deputado socialista e presidente da Federação Distrital do PS Braga, disse que uma das causas para os incêndios em Portugal é a “negligência” por parte dos proprietários. “Há muitos terrenos incultos com mato. Isso promove a deflagração imediata nos incêndios”, acrescentou.

De acordo com os últimos dados, 97% do território florestal pertence a privados. Joaquim Barreto disse que é preciso “mais e melhor floresta”. “Temos que incrementar novas plantações e novas rearborizações. É necessário uma floresta mais equilibrada na distribuição das espécies. Dessa forma teremos uma floresta com outros espaços e outras aptidões para a produção de madeira e para a pastagem. É necessário compartimentar a floresta entre resinosas e folhosas”, afirmou.

Novo quadro legislativo aprovado

O governo aprovou, recentemente, um novo quadro legislativo para a proteção da floresta (criação de um banco nacional de terras à limitação da expansão do eucalipto, cadastro florestal, etc). Ainda assim, Joaquim Barreto lembra que é preciso fiscalizar. “Há um quadro legislativo que procura dar respostas, no entanto nem sempre as leis são aplicadas. É preciso mais fiscalização para que haja bons resultados”, concluiu.

A fase Charlie prolonga-se até 30 de Setembro.