Eixo Atlântico quer entidade de emergência transfronteiriça

Xoán Mao, secretário-geral do Eixo Atlântico, disse hoje em Braga que é preciso criar uma entidade coordenadora de emergência que congregue recursos do norte de Portugal e da Galiza para o combate aos incêndios e ao crime. O Palácio do Raio acolheu hoje uma conferência sobre “Segurança Transfronteiriça” e Xoán Mao disse que é preciso “mais cooperação e mecanismos mais ágeis” entre as duas regiões.

O secretário-geral do Eixo Atlântico aproveitou a ocasião para elogiar as “capacidades técnicas” dos investigadores das duas regiões, mas criticou a falta de investimento para a prevenção dos incêndios. “Não estamos a dar ouvidos aos cientistas, nem estamos a dedicar os fundos necessários para a investigação”, disse.

Um ano depois de centenas de fogos que dizimaram milhares de hectares nas duas regiões, Xoán Mao receio que os dois países ainda não tenham aprendido “a lição”. “”Há interesses económicos em ter incêndios? Sim, sabemos que há mas também acontece que há interesses económicos no combate e, às vezes, a linha divisória não é muito clara”, afirmou.

Ricardo Rio, presidente da Assembleia Geral do Eixo Atlântico, aproveitou a conferência para elogiar a cooperação entre as duas eurorregiões, mas garantiu que é possível fazer ainda mais. “A colaboração está aquém daquilo que seria desejável, esta é uma área em que os recursos são manifestamente insuficientes e seria muito importante partilhar respostas dos dois lados da fronteira. Mas, infelizmente, até por condicionalismo de natureza legal, isso não é possível”, acrescentou.

Áudio:

Xoán Mao, secretário-geral do Eixo Atlântico, fala sobre a entidade de cooperação transfronteiriça de combate aos incêndios

Pedro Andrade
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