Feirantes querem melhores condições de trabalho

Os feirantes de Braga recusam trabalhar no terreno disponibilizado pela autarquia enquanto decorrem as obras no Parque de Exposições de Braga (PEB).

Esta-terça feira seria o primeiro dia da feira semanal no descampado de terra localizado antes da entrada para o Pavilhão Flávio Sá Leite. Dos cerca de 150 feirantes, mais de 90% terão recusado trabalhar naquelas condições, devido ao pó e à falta de casas de banho portáteis.

Domingos Costa é um desses comerciantes e à RUM disse que “não existem condições para o trabalho” para os feirantes. “Agora é muito pó e, no Inverno, ficará com muito lama”, disse.

Sidónio Carvalho é feirante há 35 anos e disse que, além da questão do terreno, houve ainda problemas com a atribuição dos lugares para os comerciantes. “Os lugares marcados no primeiro mapa não correspondem com os lugares hoje atribuídos. Não há condições de trabalho”, afirmou.

Ana Paula faz a Feira de Braga há já três décadas e disse à RUM que está a ser prejudicada pela InvestBraga no mês “mais forte” do seu negócio. “Para ser sincera, nem dá vontade de trabalhar. Fomos colocados para canto e estamos a perder clientela”, acrescentou.

Mas os problemas não se ficam pelo terreno. A reorganização do espaço também deixou os feirantes descontentes, sobretudo com a nova localização da dos feirantes da Revenda. Domingos Costa explicou à RUM que “a Revenda deveria estar num espaço fechado onde a entrada é feita mediante um cartão próprio e nunca aberta a público neste local, porque estão a fazer negócio a retalho e a prejudicar os restantes feirantes”, concluiu.

Esta manhã, um grupo de feirantes tentou reunir com os responsáveis da InvestBraga, empresa municipal responsável pelo PEB, algo que não foi possível. Sem qualquer garantia, Sidónio Carvalho disse à RUM que a única informação disponibilizada foi que a InvestBraga iria proceder à pavimentação do terreno, algo que poderia impossibilitar a presença dos comerciantes na Feira de Braga “por uma ou duas semanas”.

CDU solidária com feirantes

Entretanto, a CDU mostrou-se solidária com os feirantes. À RUM, Carlos Almeida disse que “a Câmara tem de ser responsabilizad”a por esta situação e que os feirantes têm de ser “compensados pelos transtornos” provocados por estas trocas de localização da feira. “Devem ser alvo de uma atenuante nas taxas que pagam porque esta situação é lamentável”, acrescentou.

A RUM tentou contactar Humberto Carlos, administrador da InvestBraga, mas, até ao momento da publicação da notícia, não foi possível obter uma reacção por parte dos responsáveis do PEB

Pedro Andrade
Pedro Andrade

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