Festival Castro Galaico reafirma origem Celta em Braga

A VIII edição do Festival Castro Galaico arranca esta quinta-feira na freguesia de Nogueiró. De 13 a 15 de Julho, o Monte da Nossa Senhora da Consolação, onde se encontra a capela, dá lugar a uma recriação castreja, música e tradição.
“Unir a Nação Galaica, Portugal (Minho) e a Galiza “é o grande objectivo”, esclareceu o presidente da Junta de Freguesia de Nogueiró, principal organizadora do evento que alia a recriação histórica à música, dança e gastronomia.
Um festival de música com tradição popular ligando Braga às origens castrejas, celtas e galaicas.
João Tinoco, autarca de Nogueiró assume a importância de recordar o enquadramento histórico desta região. “Na verdade nós somos de origem celta, com influências helênicas, que vinham por Ofir e que se estabeleceram nesta zona e deram origem a uma tribo, os Brácaros, que fundaram a cidade de Braga. Um dos locais onde eles estavam instalados era exactamente aqui, no castro, que agora se chama Castro de Nossa Senhora da Consolação”, começou por recordar.
O Grupo Canto D’Aqui é responsável pelo cartaz do festival. Jaime Torres assume a importância de um festival com “um objectivo nobre”, que “liga as raízes do Minho e da Galiza”. Uma programação que destaca “os grupos da terra”, sublinhou o responsável na apresentação do cartaz desta edição.
e que contará, nesta edição, com grupos como Canto D’Aqui, Diabo a Sete, Grupo de Adufeiras, Grupo Quadrilha/Sebastião Antunes, projecto ARIFI com Iria Esteves (Galiza), As Donicelas (Grupo folk tradicional galego), Gaiteiros de Lisboa.
Os grupos culturais da UMinho entram em força neste festival, com umcontributo na organização, por parte da Azeituna, e a actuação do Grupo de Música Popular da UMinho e Grupo Folclórico da UMinho.
Na edição do ano passado terão passado pelo festival aproximadamente cinco mil pessoas ao longo dos três dias e a organização admite que o evento “não pode crescer mais”. Com propostas para realizar o festival noutras freguesias, a organização assumiu também que um evento com este objectivo de recriação não pode passar para outro ponto da cidade.
Zona de Campismo pretende aproximar o público mais jovem
Este ano exitirá também uma zona de campismo, com o objectivo de atrair “uma faixa etária mais jovem”, explicou Bruno Pereira, da Azeituna. Através de “uma contribuição simbólica”, os interessados podem aceder à zona de campismo e à piscina de Nogueiró.
Ainda na tarde de sábado, espaço para diferentes workshops, todos de participação gratuita. “Para promover a cultura e o interesse das pessoas por este tipo de musicalidade, vamos ter workshops de danças galegas, cavaquinho, viola braguesa e viola amarantina, uma evolução da braguesa”, explicaram Bruno Pereira e Jaime Torres.
A cargo da Associação de Artesãos da Região do Minho está a recriação histórica da vida dentro do castro. Segundo o presidente, José Torres será recriada “a vida dentro do castro”, com “as várias profissões que existiam na época”.
A edição deste ano contará também com actividades direccionadas para as crianças com a preocupação de “projectar o futuro do evento”.
O Festival arranca com um espectáculo de fogo, na quinta-feira, organizado pela Associação de Artesãos da Região do Minho.
