Guimarães prepara bolsa de alojamento local para estudantes

A Câmara Municipal de Guimarães está a preparar um plano para a criação de uma bolsa de habitação para estudantes. O alerta para os problemas de arrendamento dos alunos universitários foi lançado pelo reitor da Universidade do Minho (UMinho), Rui Vieira de Castro, e o edil local quer encontrar uma resposta para esta questão.
Domingos Bragança apela, por isso, à Associação Académica da Universidade de Minho (AAUM) para que se junte à autarquia e à Universidade para encontrar soluções para o problema de hospedagem dos estudantes. A resposta, como adiantou esta manhã Domingos Bragança, passa por ocupar os quartos vazios que os vimaranenses têm disponíveis nas suas próprias residências. O edil refere mesmo que apenas 20% a 30% das residências em Guimarães estão totalmente ocupadas.
“Temos que fazer um mapeamento do que está disponível pela subocupação dos quartos. Para tal temos que criar plataformas online, em conjunto com os particulares, universidade e autarquias. Desta forma criamos um bolsa de alojamento para estudantes”, aponta Domingos Bragança, que pretende assim responder à necessidade urgente de procura de habitação em Guimarães, nomeadamente por parte de alunos estrangeiros.
Desta forma, o autarca acredita que vai responder aos interesses de “dois mundos”. “Por um lado, uma fonte de rendimento para quem aluga, por outro, uma integração do estudante na cultura vimaranense”, frisa, não escondendo que a Câmara poderá vir a dar “apoio” para criar condições de optimização aos interessados.
“Por exemplo, o licenciamento sem custos”, exemplifica, apontando um problema a resolver: a convergência de interesses entre o proprietário do imóvel e o inquilino. Domingos Bragança quer que a plataforma esteja disponível o quanto antes, mas aponta o mês de Setembro como sendo o objectivo.
O reitor da UMinho referiu que atualmente existem cerca de 1400 quartos em residências universitárias, dos quais 554 em Guimarães. Uma resposta curta para os 6500 alunos que estudam na cidade berço.
“Acresce ainda o facto de a Universidade do Minho ser cada vez mais procurada por alunos estrangeiros para estudar e desenvolver as suas investigações. Basta olhar para o Porto e Lisboa para perceber que este problema da residência universitária vai-se agravar. Por isso temos que encontrar respostas rápidas”, aponta.
