Guimarães prepara “marca” para se afirmar no turismo

Uma comunidade jovem desinteressada nas ofertas turísticas de Guimarães e um destino “cidade berço” pouco forte no estrangeiro, são algumas das conclusões do estudo que está a ser levado a cabo pela Bloom Consulting e que pretende criar uma “nova imagem de marca” para Guimarães se afirmar de vez como destino turístico.
Apesar das conclusões apontaram Guimarães como um destino turístico consolidado no mercado nacional, o director geral da Bloom Consulting, Filipe Roquette, dá conta de detalhes a desenvolver.
“Há públicos-alvo que poderão ser mais abrangidos e mais capitalizados e esta estratégia visa ampliar essa base de conhecimento de Guimarães. A nível nacional, não há muito para crescer em termos de reconhecimento, porque é quase total, mas há que ampliar a procurar, sobretudo, a nível internacional”, destacou Filipe Roquette, no final da apresentação feita na Pousada Mosteiro de Santa Marinha esta segunda-feira.
Filipe Roquette aponta ainda outro exemplo a corrigir para definir uma estratégia que vai estabelecer uma marca:
“Se por um lado é fácil chegar a Guimarães fruto dos bons acessos, circular já dentro do concelho é mais complexo”, dando conta ainda que “há todo um concelho por conhecer”. “Como exemplo, temos destinos pouco explorados como Taipas, Serzedelo e Briteiros, onde existem ofertas turísticas por explorar como a Citânia, Floresta e as Termas”, apontou.
O responsável da Bloom Consulting deu conta ainda de detalhes que colocam Sintra, Braga e Évora à frente na procura como destino ou, por exemplo, conclusões antagónicas. “Se por um lado as pessoas apontam como positivo o orgulho vimaransene, dão conta como mau o bairrismo”.
O estudo apresenta nove pontos que vão agora dar resultar numa “estratégia” e numa “marca”.
Domingos Bragança considera que as políticas desenvolvidas pelo Município visam “criar as melhores condições possíveis para os vimaranenses como prioridade” e, em geral, “aproveitar aquilo que temos de melhor para mostrar a quem nos visita”, disse.
O edil reforçou ainda a aposta na mobilidade ciclável e sustentabilidade, apontando as questões da ecologia para um “território diferenciador”, mas “sem nunca perder a sua identidade histórica e referência ao património”.
