Jazz volta a Barcelos para cinco dias de programação intensa

Começa hoje, em Barcelos, o Jazz ao Largo. Nesta terceira edição, o evento conta com cinco dias de concertos (e um workshop pelo meio), aglutinando, dessa forma, um programa mais alargado do que em anos anteriores.
Em jeito de balanço, Pedro Oliveira, músico e director artístico do certame, disse à RUM que está satisfeito com a dimensão alcançada pelo festival e que está encontrada a fórmula a seguir nos próximos anos.
“Temos tido bastante adesão, o público tem-nos procurado ao longo destes anos e temos preenchido os locais que acolhem os nossos concertos. Teremos sempre todo o intersse em apostar em artistas locais, em nomes consagrados, mas também em novos artistas que começam a dar cartas neste universo musical”, explicou
O certame mantém os habituais concertos no exterior do Theatro Gil Vicente e as sessões de free jazz na Frente Ribeirinha da Azenha. Mais uma vez, o evento arranca com um projecto barcelense. Pedro Oliveira, músico e director artístico do festival, disse à RUM que “este certame, desde o início, sempre tentou ter uma representatividade local” e, desta vez, contam com o Núcleo de Improvisação Barcelense, mais conhecidos por NIB.
O cineclube ZOOM associa-se ao espectáculo de mais logo à noite e, a partir das 21h30, vai acontecer um cine-concerto em que será criada música improvisada, em tempo real, para o filme “Sherlock Jr.”, de Buster Keaton.
Amanhã, o Jazz Ao Largo recebe os portugueses Lokomotiv, que contam já com mais de 20 anos de existência. Vão apresentar o mais recente trabalho, “Gnosis”, e Pedro Oliveira garante que este é “um concerto há muito esperado”.
Na sexta-feira, o Jazz Ao largo recebe o espectáculo do trio liderado por Jake McMurchie, que também será o responsável pelo workshop de improvisação que está marcado para o dia seguinte, a partir das 17h00. Pedro Oliveira garantiu que “esta vertente formativa é muito importante para o festival”.
“Este certame não pode cingir-se apenas a quatro dias de música. Queremos que estes workshops promovam o encontro entre os músicos da região e que sirva para alimentar a criação artística na área ao longo de todo o ano”, explicou.
O Sábado conta, ainda, pelas 22h00, com o concerto dos Ogre, projecto da cantora Maria João, que cruza o Jazz com música electrónica.
O festival encerra no Domingo, com a actuação de Julian Sartorius, que começou as lições de bateria aos cinco anos de idade. Pedro Oliveira disse à RUM que este artista suíço “é uma referência na área em que se especializou e que já tocou com outros músicos bastantes conhecidos” e que passa, este fim-de-semana, por Barcelos. “Um desejo antigo”, disse o director artístico do Jazz Ao Largo.
Áudio:
Pedro Oliveira, director artístico do festival, faz um balanço deste evento
