JF de S. Victor pede suspensão da alienação da Confiança

A Junta de Freguesia de S. Victor continua a defender a não-alienação da antigo Saboaria Confiança. Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, já manifestou por diversas vezes o seu descontentamento com a decisão do município bracarense. Hoje ficou a saber-se que todo o executivo da Junta de Freguesia de S. Victor aprovou o envio de uma carta a Ricardo Rio a pedir a suspensão imediata do processo de alienação por um período de seis meses.

A semana passada ficou a saber-se que a autarquia pretende vender o espaço por 4 milhões de euros, uma proposta que é discutida amanhã em reunião de Câmara. À RUM, Ricardo Silva, explicou que todo este processo aconteceu de “forma precipitada”. “Fomos apanhados de surpresa porque nunca soubemos que a autarquia iria levar esta proposta a reunião de Câmara de forma tão célere, já que fomos notificados desta intenção via ofício datado de 1 de Agosto”, explicou.

Ricardo Silva lembrou, ainda, que a autarquia, “se tiver rasgo para recuperar o edifício”, poderá tornar a Confiança “no pólo cultural” de Braga para a candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027. “Tendo em conta a sua localização, num eixo habitacional próximo à Universidade do Minho, a autarquia poderá tornar a Confiança num novo espaço cultural descentralizado que servirá, ainda, para aproximar os jovens estudantes desta dinâmica que se pretende implementar na cidade”, explicou.

Junta de Freguesia de S. Victor quer criar plano cultural para a antiga Saboaria Confiança

A Junta de Freguesia de S. Victor pede, por isso, a suspensão do processo de alienação para que, em conjunto com a autarquia, possa ser criado um plano cultural para a antiga Confiança. “Queremos mostrar o potencial deste edifício e torná-lo acessível ao público através de valências cultural”, afirmou.

A semana passada, a Junta de Freguesia de S. Victor promoveu um debate em defesa da manutenção deste espaço na esfera pública e lançou, ainda, uma petição a apelar à não-alienação da antiga Confiança que conta, neste momento, com mais de 900 assinaturas. Ricardo Silva diz que a autarquia tem de prestar mais esclarecimentos à população. “Temos sentido a opinião pública muito favorável à não-alienação, que tem exigido mais explicações por parte da autarquia e que tem seguido de perto todo este processo”, afirmou.