Jogadores do Vitória SC seguidos pelo hospital público local

O Vitória SC e o Hospital de Guimarães – Nossa Senhora da Oliveira – formalizaram esta sexta-feira um protocolo que prevê a prestação de serviços de saúde diferenciados aos atletas, compreendidos na especialidade de Medicina Desportiva, nomeadamente na realização de exames auxiliares de diagnóstico, actos cirúrgicos e consultas de especialidade.

O protocolo foi trabalhado ao longo de aproximadamente doze meses e o presidente do Conselho de Admnistração daquela unidade de saúde pública, Delfim Rodrigues, defende que a mesma possui todas as condições para servir aquele grupo de cidadãos.

Delfim Rodrigues considera que as equipas de alta competição “têm que estar bem apetrechadas em termos de manutenção de todos os detalhes de saúde” e o hospital Nossa Senhora de Oliveira “está acreditado nacional e internacionalmente em termos globais, e em muitos sectores da sua actividade”, podendo responder a diferentes problemas.

Traçando o perfil de atletas de alto rendimento, o presidente da unidade de saúde explicou que estes jovens “entre dezone e vinte e poucos anos, sujeitos a grande carga física, não costumam ser sujeitos a este tipo de exames” e, por isso, dispôr da informação clínica concentrada pode ser importante para “partilhar com outros centros” e “fazer uma prevenção mais dirigida para a juventude”, a partir de uma cidade “com grande disponibilidade para o desporto”.

Questionado sobre como se explica aos restantes utentes a celeridade de tratamento de atletas do Vitória SC em relação aos restantes a partir deste protocolo, o presidente do conselho de administração do Hospital de Guimarães começou por frisar  que “os atletas também são cidadãos”, recordando ainda que se geraram “muitos mitos em torno do que é o hospital público”. Sobre tempos de espera nos hospitais e as características do atendimento, o presidente do conselho de administração elogiou o funcionamento normal da unidade de saúde pública em Guimarães. “Temos especialidades que respondem na hora, em termos programados, e temos um plano de, até final do ano, colocar todos os doentes em espera, nos tempos máximos de espera garantidos. Estamos a realizar acordos com outras entidades para, em relação aos doentes que não tenhamos capacidade de atendimento podermos term alguma subsidiariedade, mas também dos profissionais do hospital. Este contrato programa resulta também de alterações realizadas à lei de gestão hospitalar e que permite realizar contratos programa com terceiros”, justificou.

Segundo explicou Delfim Rodrigues, o trabalho realizado pelos profissionais de saúde com o Vitória SC “será realizado fora do horário normal de trabalho e com a livre adesão dos profissionais que assim entenderem”.

Já o presidente do clube vimaranense, Júlio Mendes, sublinhou as mais-valias deste protocolo com o Hospital de Guimarães, deixando um recado para os restantes clubes portugueses. “Os clubes normalmente acham que estão acima do que é o normal e entendem que têm que ter o que se imagina como sendo o topo da qualidade e recorrem os serviços privados. Nós achamos que essa qualidade existe no Hospital de Guimarães, porque já constatamos isso”, justificou.

Para o dirigente, este acordo entre Vitória SC e Hospital de Guimarães “é uma atitude fora da caixa” que pode vir a ser seguida por outros clubes portugueses.

Elsa Moura
Elsa Moura

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