PCP acusa JP de Braga de “abuso do poder municipal”

Está “entornado o caldo” entre o PCP de Carlos Almeida e a Juventude Popular (JP) de Francisco Mota. O vereador  comunista no executivo municipal bracarense pediu ontem, em plena reunião de Câmara, para que seja colocado um ponto final naquilo que considera ser o uso abusivo dos meios da autarquia ao serviço do interesse da JP de Braga.

Sem nunca tocar no nome de Francisco Mota, Carlos Almeida falou em “abuso de poder inaceitável” e “promoção através de eventos autárquicos”. “É inaceitável o uso e abuso do poder municipal para promover uma estrutura partidária. Há aquilo que é a dinâmica de uma juventude partidária, tem o seu direito, o que não pode acontecer é aquilo que é a sede de uma juventude partidária ser o gabinete de um pelouro municipal”, afirmou Carlos Almeida, referindo que as situações “estão à vista de todos”.

“Exemplos da participação da JP de Braga em eventos como a Rampa da Falperra, o Braga Sounds Better e na Feira Internacional de Agricultura, onde contaram com presença identificada de uma estrutura juvenil partidária que não devia ter esse palco”, apontou.

O festival Rodellus foi “a gota de água” para Carlos Almeida, que terá tido conhecimento de coação partidária após rejeição da organização da presença da JP no recinto do festival. “A organização do festival Rodellus recusou a presença daquela estrutra partidária e terá, segundo relatos no local, sido retaliado com a retirada de alguns meios oferecidos pelo município. Isto é inadmissível”, referiu o vereador da CDU.

A RUM falou com o líder da JP de Braga, Francisco Mota, que refutou as acusações de Carlos Almeida. O também assessor do vereador Altino Bessa explicou que a JP não foi bloqueada no Rodellus, mas que aquela estrutura juvenil partidária esteve a tratar de outro evento. “Isto não interessa a ninguém, não interessa ao comum dos bracarenses, é política de vão de escada. Já não é a primeira vez que [Carlos Almeida] vem a público e não é o facto de ele repetir ou tentar falar mais alto que passa a verdade o que ele diz”.

Francisco Mota respondeu ainda que “não é tradição da JP fazer perseguições a quem pensa diferente, por isso é que houve o 25 de novembro, para que não houvesse uma ditadura de esquerda, nomeadamente do PC em Portugal”. “As atividades mencionadas dizem respeito ao programa da estrutura nacional ‘Semear Portugal’, em parceria com a Quercus. Não exigimos a ninguém que se filiasse. Ao contrário do PC, que instrumentaliza as organizações, nós não. O PC é que está habituado a instrumentalizar organizações, sindicatos, nós não”, acusou.

Francisco Mota deixou ainda outra nota: “Enquanto houver um comunista a criticar, isso quer dizer que estamos a fazer o nosso trabalho”.

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