Professores das AEC acusam concurso “ilegal”
Cerca 30 professores, juntamente com alguns elementos dos sindicatos e a deputada comunista Carla Cruz, concentraram-se ontem à tarde na “Arcada”, em Braga, para contestar o “Manual de Validação” que define as regras do concurso nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), como a Música e o Inglês.
Os professores das AEC contestam a tabela pelo qual recebem o salário, onde são equiparados a não-licenciados, e a exclusão destes professores da segunda prioridade, situação que os coloca praticamente de fora dos concursos. “Nós sempre concorremos em segunda prioridade e o Governo a meio de concurso decidiu mudar as regras passou para terceira prioridade. Ou seja os professores da AEC andaram a fazer sacrifícios a lutar estes anos todos para ter tempo de serviços e agora tiram-nos isso?”, questionou Liliana Pereira, professora em Real, Braga.
Os professores das AEC contestam o facto de passara a terceira prioridade nos Manuais de Validação, mas que em Diário da República os coloque em tempo de serviço na segunda prioridade. “Nós queremos que prevaleça o que saiu em Diária da República, porque o outro não tem validade nenhuma”, apontou a professora.
Face aos problemas, os professores disseram que “vão marcar presença na manifestação de Lisboa”, ao mesmo tempo que vão entregar uma petição na Assembleia República que já tem mais de quatro mil assinaturas. “Queremos ser integrados no estatuto de carreira docente e sermos pagos por um índice que não é o correto. Para já vamos contestar este concurso”, apontaram os professores.
A deputada do PCP, Carla Cruz, referiu que o que esta situação tem “enormes implicações nas vidas dos professores”. “Impede-os de ter uma colocação no concurso nacional de professores, colocando-os no desemprego e aumentando a precariedade. Consideramos esta decisão ilegal e é preciso colocar estes professores na prioridade em que estavam, ou seja, a segunda”, apontou.
