São João de Braga candidato a património imaterial

A vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Braga recordou esta terça-feira o processo “esquecido” da candidatura da Semana Santa de Braga a Património Cultural Imaterial. Lidia Dias utilizou mesmo a palavra “infeliz” para classificar a demora da Direcção do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial e espera que com a candidatura de um segundo evento, o São João de Braga, esta possa ser “acelerada”.

“É já a segunda proposta. A primeira da Semana Santa que infelizmente ainda não tivemos qualquer resposta. Esperamos agora que com esta proposta façamos pressão para que o organismo que tem que avaliar nos possa dar este selo diferenciador”, sublinhou Lídia Dias.

A candidatura das Festas do São João de Braga a Património Imaterial foi formalizada na noite desta terça-feira. Em sessão pública que decorreu no auditório do Hospital de São Marcos, em Braga, a Câmara Municipal de Braga (CMB) e a Associação das Festas do São João de Braga pretendem “inventariar e salvaguardar” práticas, de forma a “não se perderem” tradições e “traços identitários” que remontam ao século XII.

A vereadora da Cultura frisou que este selo, em caso de aceitação, vem reforçar ainda mais a identidade de Braga como “cidade autêntica”.

Já Rui Ferreira, presidente da Associação das Festas do São João de Braga há cinco anos, recordou os passos dados até à formalização do processo.

“Esta candidatura foi sendo elaborada com recolha de elementos, inventariações várias. Estamos a falar de exposições que fomos organizando sobre diversas temáticas, com os respetivos catálogos, o levantamento histórico que entretanto foi feito e que está editado em livro, o documentário em vídeo, o CD com reportório associado às festas, cartazes, todo este trabalho tem agora o seu corolário e o seu momento”, destacou aquele responsável.