Trabalhadores das cantinas em greve esta segunda-feira

Várias escolas e centros de formação da região norte poderão encerrar esta segunda-feira, à conta da greve dos trabalhadores das cantinas. O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares referiu, em comunicado, que a greve terá efeitos, a nível nacional, na prestação do serviço de refeições nos hospitais, escolas, centros de formação, fábricas industriais e outras instituições e empresas. Os trabalhadores reivindicam melhores salários e reposição de alguns direitos.
O dirigente sindical do Sindicato na região Norte, Francisco Figueiredo, adiantou à RUM que na região do Porto, duas de dezenas de escolas estão encerradas. “Haverá uma grande adesão e participação no protesto”, assegurou.
A greve deve-se fundamentalmente “ao problema dos salários” que, de acordo com o dirigente, “não são actualizados há sete anos”. Francisco Figueiredo acrescentou que os direitos dos trabalhadores estão a ser postos em causa. “As empresas querem legitimar a retirada de direitos, não assinando a revisão do contracto colectivo de trabalho”, explicou. O responsável refere-se a questões como subsídios de alimentação ou de férias. “Nos feriados, as empresas pagam apenas metade do que têm que pagar”, revelou.
A acção das empresas é “muito violenta” no que toca aos direitos dos trabalhadores, garante Francisco Figueiredo. “As empresas queriam criar uma categoria de assitente de restauração, um «faz tudo», que lava loiça, faz limpezas, confecciona e prepara refeições e faz distribuição. Não podemos aceitar. Deixaram de pagar o subsídio nocturno ate à meia noite, querem horários de 12 horas, põem em causa os dois dias de folga semanal, dando apenas um”, enumerou.
A norte do país, o protesto está agendado para a Maia, durante a manhã, junto àa sede do maior grupo económico que explora grande parte das cantinas a nível nacional.
