UMinho debate futuro da União Europeia

O projecto europeu está em discussão ao longo dos próximos dois dias no campus de Gualtar da Universidade do Minho, em Braga. Na sessão de abertura, Beatriz Silva, presidente do Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI), que está a organizar o evento, disse à RUM que é importante “aproximar os jovens” das questões que assolam o território europeu. “Nós estudantes, muitas vezes, esquecemo-nos que, além da cidadania portuguesa, temos também a nossa cidadania europeia. É importante não deixarmos os problemas europeus, que são nossos, nas mãos dos outros. Temos poder de decisão e influência em todas as decisões”, acrescentou.
Esta manhã foram recordados os princípios da génese europeia. Beatriz Silva garante que é importante capacitar todos os cidadãos europeus com os instrumentos necessários para participar activamente na resolução das questões e problemas. “Para realmente conseguirmos fazer alguma coisa temos de ter plena noção do que é a União Europeia e do pode ser. Não agindo, deixamos que alguém decida por nós. Dessa forma, a União Europeia pode tornar-se em algo que não é nosso”, afirmou.
Até amanhã, o Colóquio de Relações Internacionais conta com a participação de dezenas de alunos e de diplomatas e politólogos nacionais e internacionais e vai debater “os desafios da União Europeia”. Questões de segurança e defesa, o Brexit e o aumento do populismo no território europeu vão servir de mote para a 38ª edição do evento. Alena Vieira, diretora da licenciatura e do mestrado em Relações Internacionais, garante que este modelo de debate do Colóquio é “uma mais-valia” para todos os alunos presentes. “Vamos ter painéis privilegiados porque vamos conciliar a experiência investigativa com a experiência diplomática”, disse.
