De Braga para o Avante com frigideiras, vinho e… Mão Morta
No panorama político nacional, independentemente dos momentos eleitorais (tal como acontece nas autárquicas deste ano), o início de Setembro é sinónimo de Festa do Avante.
A Quinta da Atalaia – agora com recinto ainda maior – volta a receber milhares de pessoas que se juntam ao som da “Carvalhesa” para um evento organizado pelo Partido Comunista Português.
Com uma forte componente política, a Festa do Avante já é mais do que isso e vai junto à música, artes de palco e animação, a gastronomia, tradições e costumes que assumem a essência das regiões do país.
Gonçalo Oliveira, da delegação regional de Braga do PCP, falou com a RUM e garantiu que do distrito irá “aquilo que de melhor há”, não faltando na bagagem “as frigideiras, os galos de Barcelos e o vinho Verde”. “Faz parte do ADN que as organizações regionais levem as suas realidades locais, do artesanato e gastronomia”, disse o responsável distrital que sublinhou que de Braga irão algumas dezenas de colaboradores que vão trabalhar de forma voluntária no stand bracarense que, neste ano de 2017, terá uma localização bastante central no contexto da Festa do Avante. A juntar ao factor localização, há ainda atractivos diferentes, que acabam por ser especiais, na edição deste ano: “Será a primeira vez que o grupo Mão Morta vai actuar no Avante e será assinalado o centenário do nascimento de Lino Lima, militante comunista, destacado advogado de Famalicão e um resistente anti-fascista”, assinalou Gonçalo Oliveira.
E sem assumir uma “rentrée política” pura, os discursos políticos irão ser nota dominante no Avante deste ano. O discurso de abertura de Jerónimo de Sousa (acontece esta sexta-feira às 19h) dará o mote para as intervenções ao longo dos três dias. Sabe-se que este momento de Jerónimo de Sousa será aproveitado para o líder comunista fazer o balanço da relação PCP-PS no Governo, ainda que o período autárquico seja tema incontornável do discurso do secretário-geral do PCP.
“Este será um momento para dar início a um período em que se espera que os participantes saiam da festa com renovado ânimo e prontos para o contacto com as populações no sentido de as esclarecer sobre as propostas do projecto da CDU para os seus concelhos e freguesias”.
