Economistas pedem política fiscal mais amiga das empresas

O bastonário da Ordem dos Economistas considera que as empresas deviam ter uma política fiscal mais amigável. A redução dos impostos é, na opinião de Rui Martinho, uma medida que irá colocar as empresas num patamar de igualdade com os mercados internacionais, logo, mais competitivas.
Presente num debate em torno do crescimento do país, que aconteceu esta terça-feira na Associação Industrial do Minho, o bastonário deixou a sugestão de “baixar as taxas de impostos” nas empresas. O responsável frisou que é necessário que o clima económico para as empresas é essencial, lembrando que se isso acontecer as mesmas “alavancam a sua actividade, podem-se desenvolver mais, produzir mais e depois vendem mais”.
Uma opinião defendida por Jorge Marrão, da Associação Missão Crescimento que frisou que “o crescimento depende das empresas e do ambiente competitivo que o Estado queira proporcionar aos empresários”. O presidente da associação assumiu que “muitas das vezes não se percebe que tipo de políticas públicas são assumidas”, sublinhando que as mesmas “estão muito ligadas aos indicadores de progresso social”.
“Há um momento em que a sociedade deve querer investir no seu futuro e investir nesse futuro é investir na capacidade das empresas de fazer o país crescer”, destacou.
Jorge Marrão deixou ainda algumas sugestões que, no seu entender, iriam ajudar o crescimento económico do sector empresarial: “Não haver empresas protegidas e empresas não protegidas; haver políticas públicas orientadas para um sistema educativo para que as empresas se possam alimentar dessas pessoas, uma vez que baixa formação é sinónimo de baixos salários e baixa produtividade; haver políticas como o financiamento da economia, uma vez que os bancos têm dificuldade em fazer financiamento a uma economia que é necessária”.
Ordem dos economistas aponta a crescimento de 3% até final da legislatura
Rui Martinho lembrou que o país passou por um período “muito difícil”, mas explicou que, principalmente o tecido empresarial, soube reagir bem à crise verificada. “Os portugueses e as empresas souberam adaptar-se aos novos tempos, encontrar novos caminhos, internacionalizar-se e, sobretudo, conseguiram exportar num sector muito competitivo como é o sector dos bens transaccionáveis e conseguiram encontrar novos mercados”, destacou Rui Martinho que explicou que “o caminho tem que continuar a ser trilhado” com um objectivo que está definido: O crescimento da economia em 3%.
“Precisamos de sustentabilidade e que, ano após ano, se consiga repetir este tipo de taxas de crescimento verificadas. Tem que se caminhar para que se consiga uma taxa de crescimento que é acima dos 3% nos próximos anos”, disse o responsável que afirmou que esse valor deve ser atingido “até ao final da legislatura”.
“Seria bom que isso acontecesse, porque só esse crescimento vai permitir a criação mínima de riqueza no sentido de continuarmos a ter alguma capacidade de ter algum bem-estar e conforto e gerar poupança, assim como manter o serviço social nacional que sirva a população”.
